Nova Campanha de Prevenção ao HIV/Aids| 135 mil brasileiros vivem com HIV e não sabem
A maioria dos casos de infecção no país é registrada entre jovens de 20 a 34 anos. Confira as informações do Ministério da Saúde
O dia 1° de dezembro foi estipulado como o Dia Mundial de Luta contra a Aids. No Brasil, o Ministério da Saúde lançou na sexta-feira (29), a nova campanha de Prevenção ao HIV/Aids. Em 2018, 43,9 mil casos novos de HIV foram registrados no país. Confirmando uma tendência dos últimos anos, a infecção por HIV cresce mais entre os jovens. A maioria dos casos de infecção no país é registrada na faixa etária de 20 a 34 anos, com 18,2 mil notificações (57,5%).
Em toda série histórica, a
maior concentração de casos de Aids também está entre os jovens, em pessoas de
25 a 39 anos, de ambos os sexos, com 492,8 mil registros. Os casos nessa faixa
etária correspondem a 52,4% dos casos do sexo masculino e, entre as mulheres, a
48,4% do total de casos registrados.
“Conseguimos progredir ao longo dos anos no combate ao HIV e
à aids, mas ainda temos muito a fazer com compromisso de avançar no programa de
prevenção e, no próximo ano, faremos ações específicas porque precisamos integrar
as pessoas nessa luta”, destacou o secretário de Vigilância em Saúde no
Ministério da Saúde, Wanderson de Oliveira.
Use camisinha!
O Ministério da Saúde tem ampliado as possibilidades de
prevenção ao HIV/AIDS. Até dezembro deste ano, a previsão é distribuir 462
milhões de preservativos masculinos, o que representa aumento de 38% em relação
ao ano passado, quando foram distribuídos 333,7 milhões de unidades. O número
de preservativos femininos distribuídos pode chegar a 7,3 milhões de unidades,
aumento ainda mais significativo em relação ao ano passado, 351,5% (1,6
milhões). Ainda em 2019, está prevista a finalização da entrega de 12,1 milhões
de testes rápidos de HIV, fundamentais para o diagnóstico e futuro tratamento
das pessoas infectadas.
Gestantes
O maior número de gestantes infectadas com HIV (27,8%) está
entre jovens de 20 a 24 anos. Tal fator foi resultado da ampliação do
diagnóstico no pré-natal e, consequentemente, a prevenção da transmissão
vertical do HIV se tornou mais eficaz. Três municípios brasileiros receberam
Certificação de Eliminação da Transmissão Vertical de HIV, quando o vírus é
transmitido durante a gestação, o parto e a amamentação. No Paraná, Curitiba e
Umuarama receberam a certificação em 2017 e 2019, respectivamente; e, mais recentemente,
São Paulo. A capital paulista, com 12,1 milhões de habitantes, é a cidade com
maior população no mundo a receber tal título.
Compromisso mundial
Vale lembrar que o Brasil é signatário do compromisso
mundial de eliminar a transmissão vertical do HIV e optou por adotar uma
estratégia gradativa de certificação de municípios. A eliminação da transmissão
vertical do HIV, assim como a redução da sífilis e da hepatite B, é uma das
seis prioridades do Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções
Sexualmente Transmissíveis (DCCI) da Secretaria de Vigilância em Saúde do
Ministério da Saúde. A certificação possibilita a verificação da qualidade da
assistência ao pré-natal, do parto, puerpério e acompanhamento da criança e do
fortalecimento das intervenções preventivas.
Leia a íntegra da matéria publicada no site do Ministério da Saúde
Por: Comunicação/Postal Saúde
Fonte: Ministério da Saúde