Anualmente, no dia 24 de junho, é comemorado o Dia Nacional de Conscientização sobre a Fissura Labiopalatina, uma condição ocasionada pela malformação congênita caracterizada por um contorno, como uma fenda, nos lábios ou no céu da boca (palato) dos bebês. No Brasil, segundo o Ministério da Saúde, nascem 5 mil bebês com fissura labiopalatina por ano.
A data foi instituída pela Lei 14.404/2022 e celebra a conquista pelos profissionais de saúde de diversas áreas que atuam na reabilitação dos pacientes diagnosticados. O diálogo sobre o tema conscientiza e transmite informações sobre o diagnóstico e o tratamento à população, ajudando a derrubar barreiras de preconceito e promovendo a inclusão.
O que é a fissura labiopalatina?
Até a 12ª semana de gestação, o lábio e o palato são formados por estruturas separadas, sendo a união delas essencial para a formação natural do rosto. Caso estas estruturas permaneçam divididas, elas originam a fissura da boca e/ou do céu da boca.
Esta deformidade se dá por fatores genéticos e ambientais e requer tratamento adequado, uma preocupação muito presente no Brasil, uma vez que os pacientes não costumam realizar o tratamento ou o fazem de forma incompleta.
Quem possui a malformação enfrenta dificuldades respiratórias, na alimentação, alteração na arcada dentária, complicações no crescimento da face e dificuldades na fala e audição.
Causas
O surgimento desta deformidade pode acontecer junto da descoberta de outras anomalias no organismo ou de forma isolada. Outras causas que podem desencadear a fissura labiopalatina é o uso excessivo, durante a gravidez, de bebidas alcoólicas, medicamentos e fumo, além de problemas nutricionais (durante a gestação não pode haver deficiência na suplementação de ácido fólico) e exposição a irradiação.
Tratamento
Especialistas recomendam que o tratamento seja iniciado logo no primeiro mês de vida do bebê, por meio de avaliações clínicas e da preparação para cirurgia, aproximadamente no sexto mês de vida do bebê. Dependendo do caso, a intervenção cirúrgica pode ocorrer até a fase adulta.
Mais empatia sempre!
Infelizmente, muitos pacientes enfrentam bullying, preconceito e tabus, especialmente na infância e na adolescência, o que pode gerar impactos emocionais e psicológicos ao longo da vida. Por isso, a Postal Saúde reforça a importância da informação, do acolhimento e do combate a qualquer forma de discriminação.
Falar sobre a Fissura Labiopalatina é uma forma de quebrar barreiras, promover a empatia e lembrar que o respeito e a inclusão fazem toda a diferença na construção de uma sociedade mais acolhedora para todos.
Fonte: Ministério da Saúde.