A Semana de Mobilização Nacional para Doação de Medula Óssea é um convite à conscientização e à solidariedade. A iniciativa busca ampliar o debate sobre a importância do cadastro de doadores voluntários e lembrar que, para milhares de pessoas diagnosticadas com doenças graves do sangue, o transplante de medula óssea representa a principal chance de cura – e, em muitos casos, a única.
Todos os anos, milhares de vidas são salvas por meio desse procedimento, resultado direto do engajamento de doadores anônimos que decidiram agir em favor
Um gesto simples pode ser decisivo
No Brasil, o transplante de medula óssea é realizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e depende do Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (REDOME), considerado um dos maiores do mundo. Ainda assim, encontrar um doador compatível segue sendo um desafio. A compatibilidade genética é rara e pode chegar à proporção de uma chance em até 100 mil, o que torna fundamental ampliar constantemente o número de pessoas cadastradas.
O processo de doação começa de forma simples e segura: o voluntário realiza o cadastro em um hemocentro autorizado, onde é coletada uma pequena amostra de sangue para exames de compatibilidade. Caso seja identificado como compatível com algum paciente, o doador é chamado para dar continuidade ao processo, sempre com acompanhamento médico e total segurança.
Como funciona a doação de medula óssea
Apesar de muitos mitos, a doação de medula óssea é um procedimento seguro, bem estabelecido e com baixíssimo risco de complicações graves. Na maioria dos casos, a doação é feita por meio da coleta de células-tronco do sangue periférico, método semelhante a uma doação de plaquetas.
Antes do procedimento, o doador recebe uma medicação que estimula a produção dessas células, e a coleta ocorre sem necessidade de cirurgia ou internação prolongada (por aférese, que é a coleta do sangue periférico após estimulação com medicamento).
Em situações específicas, a coleta pode ser realizada diretamente da medula óssea, com o doador sob anestesia, em ambiente hospitalar. Mesmo nesses casos, o organismo se recompõe rapidamente, e a medula se regenera em poucos dias. Todo o processo é acompanhado por equipes médicas especializadas, garantindo conforto, segurança e monitoramento contínuo da saúde do doador.
Solidariedade que transforma realidades
Embora a maioria dos cadastrados nunca seja acionada, para quem aguarda um transplante, cada novo nome no registro representa esperança. A doação de medula óssea é um ato de empatia, que ultrapassa barreiras geográficas e sociais, conectando pessoas que muitas vezes nunca se conhecerão, mas que compartilham uma mesma história de vida.
Ao apoiar e divulgar a Semana de Mobilização Nacional para Doação de Medula Óssea, reforçamos a importância da informação, da responsabilidade coletiva e do cuidado com o próximo. Um gesto que pode parecer pequeno para quem doa pode significar um novo começo para quem espera.
