Falar sobre saúde mental masculina é essencial. Por muitos anos esse tema foi invisibilizado por uma cultura de silêncio, reforçada por estereótipos que ainda associam masculinidade à força, frieza e autocontrole inabalável. Mas a realidade é outra: homens também adoecem emocionalmente. E o custo do silêncio é alto, não apenas para eles, mas para toda a sociedade.
Por isso, não é preciso esperar por datas especiais para incentivar as discussões sobre a saúde mental entre os homens. Vocês se lembram que, há algumas semanas, o assunto surgiu após uma crise de ansiedade sofrida pelo técnico de futebol Tite? O tema foi levantado por alguns dias e já sumiu novamente, mas estamos aqui para trazê-lo de volta sempre que necessário.
Dados preocupantes
Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), os homens representam cerca de 75% dos casos de suicídio no mundo. No Brasil, a taxa entre o público masculino é quatro vezes maior do que no feminino. Isso não significa que homens sofram mais que mulheres, mas sim que, muitas vezes, eles não encontram – ou não se permitem buscar – apoio psicológico. A dificuldade em expressar sentimentos, pedir ajuda ou falar abertamente sobre emoções pode ser fatal.
Silêncio é um sintoma de machismo
A cultura machista impõe um padrão emocional restrito aos homens. Desde cedo, quase todos nós aprendemos que “homem de verdade” não chora, não sente medo, não pode demonstrar fragilidade. Essa repressão emocional, além de causar sofrimento interno, gera distanciamento nos vínculos afetivos, além de favorecer o surgimento de comportamentos agressivos ou autodestrutivos.
O silêncio emocional imposto aos homens é uma das faces mais cruéis do machismo.
Essa lógica afeta diretamente a convivência com familiares, companheiras e amigos. Estudos mostram que homens com dificuldades de lidar com suas emoções têm maior tendência a desenvolver comportamentos violentos, o que contribui para o ciclo de abusos e feminicídios.
Portanto, discutir saúde mental masculina também é uma estratégia para proteger mulheres, crianças e outros grupos vulneráveis à violência.
Conversar é cuidado
A boa notícia é que esse cenário pode mudar, e tudo começa com o diálogo. Normalizar conversas sobre sentimentos, incentivar homens a procurar ajuda psicológica e oferecer espaços seguros de escuta são formas eficazes de transformar essa realidade.
Empresas, escolas, famílias e instituições de saúde têm papel fundamental nesse processo. A Postal Saúde, por exemplo, reforça seu posicionamento de que o cuidado com a saúde mental deve ser estimulado da mesma forma que cuidamos da saúde física.
Convite à mudança
Romper o silêncio não é fraqueza, é coragem. Homens que falam sobre seus sentimentos não são menos homens: são mais humanos.
A transformação começa por dentro, mas só se sustenta quando vira uma cultura.
Postal Saúde. Sua vida, nossa existência.
