A imunização é uma das estratégias de saúde pública mais eficazes já desenvolvidas e apresentou uma evolução considerável a partir da segunda metade do século XX.
Graças às vacinas, o mundo conseguiu controlar, e até erradicar, doenças que antes causavam epidemias e milhares de mortes em todo o mundo, especialmente em países subdesenvolvidos. No Brasil, o acesso universal e gratuito às vacinas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) é motivo de orgulho e exemplo para outros países, porém, os números de cobertura vacinal têm diminuído nos últimos anos, um sinal de alerta para todos.
Vacinar é proteger a si mesmo e aos outros. É um ato de responsabilidade coletiva e um compromisso com a vida.
Vacinas: importantes em todas as idades
Desde os primeiros dias de vida até a terceira idade, as vacinas são aliadas essenciais na prevenção de doenças infecciosas. O Calendário Nacional de Vacinação, do Ministério da Saúde, garante proteção para diferentes faixas etárias e grupos populacionais, incluindo gestantes, crianças, adolescentes, adultos, idosos e pessoas com comorbidades.
Algumas das doenças evitáveis por vacinação incluem poliomielite, sarampo, caxumba, rubéola, coqueluche, tétano, hepatites A e B, meningite, febre amarela, gripe (influenza) e COVID-19. Além de evitar internações e sequelas graves, a imunização reduz a sobrecarga no sistema de saúde e salva vidas.
As vacinas também acompanham a evolução da ciência e da tecnologia. Isso significa que, com o tempo, os imunizantes podem ser atualizados ou aperfeiçoados para oferecer ainda mais proteção. É o caso da vacina contra a gripe, que muda a cada ano de acordo com as variantes mais circulantes no mundo, e da vacina contra a COVID-19, que passou a contar com reforços adaptados para novas cepas do coronavírus. Por isso, mesmo quem já recebeu doses anteriores deve continuar atento às recomendações atualizadas dos órgãos de saúde.
A volta de doenças que já estavam controladas
Nos últimos anos, o Brasil voltou a registrar surtos de sarampo e coqueluche, doenças que haviam sido eliminadas ou estavam sob controle graças à vacinação em massa. Essa emergência está ligada à queda das coberturas vacinais, impulsionada por diferentes fatores, entre eles, a desinformação sobre a segurança e eficácia das vacinas.
Com a popularização das redes sociais, teorias conspiratórias e notícias falsas passaram a circular com mais rapidez, criando um ambiente de desconfiança que coloca em risco décadas de conquistas na saúde pública.
É fundamental lembrar que todas as vacinas oferecidas pelo SUS são aprovadas por órgãos reguladores como a Anvisa e seguem critérios rigorosos de segurança e eficácia.
Informação é proteção
Combater a desinformação também é uma forma de cuidar da saúde. Busque fontes confiáveis, converse com profissionais da saúde da linha de frente e mantenha a caderneta de vacinação atualizada. Essas atitudes são simples e fazem toda a diferença.
Para facilitar esse acompanhamento, o Ministério da Saúde lançou em 10 de abril a caderneta digital de vacinação, disponível no aplicativo do SUS. A nova ferramenta permite que os usuários consultem suas vacinas diretamente pelo celular, promovendo mais praticidade e acesso à informação.
Por isso o Brasil conta com datas especiais como o Dia da Imunização, lembrado em 9 de junho. É fundamental lembrar que as vacinas disponíveis para a população são seguras e podem proteger milhões de pessoas todos os anos.
O Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Brasil está entre os maiores do mundo e conta com uma rede de mais de 38 mil salas de vacinação espalhadas pelo país. Basta levar um documento com foto e a caderneta para receber orientações e, quando necessário, as doses em atraso.
Vacinação é um ato de cuidado
Vacinar-se é uma forma de demonstrar cuidado por você, por sua família e pela comunidade em que vive. Mesmo quem não pode receber determinadas vacinas depende da imunização das pessoas ao seu redor para estar protegido. Esse conceito, conhecido como imunidade coletiva, só é possível quando há alta cobertura vacinal.
Procure a unidade de saúde mais próxima, verifique sua situação vacinal e incentive quem está ao seu redor a fazer o mesmo.
Vacinas salvam vidas!
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