Lembrado em 11 de outubro, o Dia Nacional de Prevenção da Obesidade alerta para a importância dos bons hábitos alimentares e para os dados crescentes da obesidade ao redor do mundo. No Brasil, segundo o Atlas Mundial da Obesidade 2025, 31% da população adulta é obesa, 37% está com excesso de peso e, embora denotem semelhanças, o excesso de peso é a junção do sobrepeso com a obesidade.
A obesidade é uma doença crônica, caracterizada pelo excesso de gordura no corpo, causando efeitos destrutivos para o organismo. A condição leva em consideração aspectos multifatoriais, sendo biológicos, históricos, ecológicos, políticos, socioeconômicos, psicossociais e culturais.
A obesidade faz parte de uma desordem nutricional entre países desenvolvidos e em desenvolvimento, e acarreta outras complicações de saúde: problemas cardíacos, diabetes, pressão alta, câncer e problemas psicológicos como depressão, baixa autoestima e angústia. A busca por acompanhamento médico adequado e contínuo é fundamental para impedir o avanço da doença.
Dados globais
Segundo os dados da World Obesity Federation, a estimativa é de que até 2035 a obesidade e sobrepeso atinja 4 bilhões de pessoas no mundo. Atualmente, 1 bilhão de pessoas estão com quadro de obesidade, e os casos mais severos levam o paciente ao óbito.
Em 2021, o Ministério da Saúde lançou o Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento das Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT), referente ao período de 2021-2030. No plano, estão inseridas metas propostas pela Organização Mundial de Saúde (OMS), em consonância com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), visando conter o crescimento da obesidade entre adultos até 2030.
Além disso, o plano tem como objetivo aumentar o consumo de frutas e hortaliças, representando 29,8% de consumidores desses alimentos, de acordo com a quantidade recomendada para o ano de conclusão do planejamento.
Obesidade Infantil
Os grandes vilões da dieta de crianças e adolescentes são os alimentos ultraprocessados. O Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) desenvolveu o 4° Relatórios de Nutrição Infantil, para analisar os ambientes alimentares pouco saudáveis que estão definindo a alimentação deste público. Segundo os dados da organização, em 2000, a obesidade entre as crianças e adolescentes mais que dobrou, com aumento de 194 milhões para 391 milhões, especialmente em países de média e baixa renda.
Em 2025, o gráfico acende um sinal de alerta, apontando que entre crianças de 5 e 19 anos a obesidade ultrapassou o baixo peso, de 9,4% contra 9,2%, uma realidade que suscita muitas reflexões quanto a alimentação e saúde infantil. A recomendação para a diminuição crescente da obesidade deste público, é o incentivo a uma alimentação saudável desde os primeiros anos de vida da criança, em uma dieta rica em vegetais, frutas, ovos e carnes brancas.
Atualmente, 60% dos adolescentes consomem mais de um alimento ou bebida açucarada por dia, 32% consomem refrigerantes e 25% ingerem mais de um alimento processado salgado diariamente. Um fator contribuinte que eleva o consumo desses tipos de alimentos, são as estratégias de marketing, um condutor de influência no cardápio das crianças e adolescentes. Segundo a pesquisa global da U-Report, realizado por SMS e redes sociais, revelou que três em cada quatro jovens assistem a anúncios de junk food (comidas rápidas e não saudáveis). A má alimentação está apenas a um clique de distância.
Prevenção
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Fonte: World Obesity Federation, Ministério da Saúde, Scielo Brasil e UNICEF.